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segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Os espíritos missionários trabalham para desenvolver uma compreensão mais vasta do objetivo da existência e dos humanos destinos.

Porque, na obra providencial, tudo se acha regulado para o ensino gradual e o progresso da Humanidade. Os espíritos missionários e instrutores vêm revelar, por meio das faculdades mediúnicas, as verdades que o nosso grau de evolução nos permite apreender e compreender. Desenvolvem, na esfera humana, as elevadas e puras concepções da divindade e nos vão, passo a passo, conduzindo a uma compreensão mais vasta do objetivo da existência e dos humanos destinos. Não se deve esperar de tais espíritos as provas banais, os testemunhos de identidade que tantos experimentadores exigem; mas de nossos colóquios com eles se exala uma impressão de grandeza, de elevação moral, uma irradiação de pureza, de caridade, que sobre-excederá todas as provas materiais e constituirá a melhor das demonstrações.

Os espíritos superiores lêem o que em nosso íntimo se passa, conhecem as nossas intenções e dão muito pouco apreço às nossas fantasias e caprichos.

Para atender aos nossos chamados e prestar-nos assistência, exigem de nossa parte uma vontade firme e perseverante, uma fé elevada, um veemente desejo de nos tornarmos úteis. Reunidas essas condições, aproximam-se de nós; começa então, muitas vezes sem o sabermos, um demorado trabalho de adaptação dos seus fluidos aos nossos. São as preliminares forças de toda relação consciente. À medida que se estabelece a harmonia das vibrações, a comunicação se acentua sob formas apropriadas às aptidões do sensitivo: audição, visão, escrita, incorporação.

Os espíritos superiores, indiferentes às satisfações de opiniões materiais e interesseiras, comprazem-se ao pé dos homens que procuram no estudo um meio de aperfeiçoamento

A pureza de nossos sentimentos lhes facilita a ação e aumenta a influência.

Outros Espíritos de menor categoria, por um impulso de dedicação, ligam-se a nós e nos acompanham até ao termo de nossa peregrinação terrestre. São os gênios familiares ou Espíritos protetores. Cada pessoa tem o seu. Eles nos guiam, em meio das provações, com uma paciência e uma bondade admiráveis, sem jamais se cansarem. Os médiuns devem recorrer à proteção desses amigos invisíveis, quase sempre membros adiantados de nossa família espiritual, com quem outrora vivemos neste mundo. Aceitaram a missão, tantas vezes ingrata, de velar por nós; através de nossas alegrias e aflições, de nossas quedas e reabilitações, nos acompanham para uma vida melhor, em que nos acharemos de novo reunidos para uma mesma tarefa, identificados em um mesmo amor.

Em todo ser humano existem rudimentos de mediunidade, faculdades em gérmen, que se podem desenvolver pelo exercício

Para o maior número, um longo trabalho perseverante é necessário. Em alguns, essas faculdades se revelam desde a infância, e sem esforço vêm a atingir, com os anos, um alto grau de perfeição. Representam em tal caso o resultado das aquisições anteriores, o fruto dos labores efetuados na Terra ou no Espaço, fruto que conosco, ao renascer, trazemos.

Entre os sensitivos, muitos têm a intuição de um mundo superior, extraterrestre, em que existem, como em reserva, poderes que lhes é possível adquirir mediante íntima comunhão e elevadas aspirações, para em seguida os manifestarem sob diversas formas, apropriadas à sua natureza: adivinhação, ensinamentos, ação curativa, etc.

Faculdade preciosa

Aplicada em tal sentido, a mediunidade torna-se uma faculdade preciosa, por meio da qual podem ser liberalizados imensos benefícios e realizadas grandes obras.

À Humanidade seria facultado um poderoso elemento de renovação, se todos compreendessem que há, acima de nós, um inesgotável manancial de energia, de vida espiritual, que se pode atingir por gradativo adestramento, por constante orientação do pensamento e da vontade no sentido de assimilar as suas ondas e radiações, e com o seu auxílio desenvolver as faculdades que em nós jazem latentes.

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