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segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Outras concepções.

Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um "corpo" dotado de "centros de força", adotando para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chakras.

O perispírito teria, assim, a função de "modelar" o corpo físico (chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais.

Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos.

O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, "vibrações", transformando os "fluidos semi-materiais", de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da "luminosidade mais elevada" até aspectos mais "repugnantes", consoante a "qualidade" de quem os emite.

Ovóides

Segundo alguns adeptos do espiritismo, sob certas condições, o persipírito poderia sofrer uma deformação que lhe emprestaria um formato ovóide. O processo é conhecido como ovoidização e, ainda segundo os defensores da idéia, estaria ligado a impulsos autodestrutivos, de vingança, e ao desejo de não permanecer no mundo espiritual [1

A Doutrina Espírita ou o Espiritismo, são os nomes os quais o conjunto de conceitos de composição científica codificados e compilados pelo francês pedagogo Hippolyte Leon Dénizard Rivail com pseudônimo de Allan Kardec na segunda metade do século XIX, recebeu para designar seus estudos definidos o cristianismo redivivo. Um conceito tríplice entre religião, ciência e filosofia que busca estudar as verdades universais. É uma corrente de pensamento que se estruturou a partir de diálogos estabelecidos entre kardec e as manifestações espontâneas e inexplicáveis que ocorriam na sociedade parisiense (o que ele e muitos pesquisadores da época defendiam tratar-se de espíritos) de espíritos de pessoas desencarnadas, a manifestar-se através de diversos médiuns.

A sua base doutrinária é o Livro dos Espíritos, primeira das chamadas obras básicas escritas por Rivail. Nesse livro, consta o resultado preliminar dos diálogos estabelecidos por ele em diversas reuniões mediúnicas com o que seriam espíritos "desencarnados". A obra é dividida em 1018 tópicos no estilo pergunta–resposta, ordenados didaticamente pelo pedagogo. As questões levantadas em O Livro dos Espíritos serviram como base para os demais livros que compõem a Codificação espírita.

Segundo muitos de seus estudiosos, a doutrina espírita é cristã, apesar de negar a cristandade, isto é, divindade, de Jesus de Nazareh, além, das concepções teológicas bem diferenciadas no que diz respeito a conceitos como divindade, natureza humana, salvação, graça e destino. Para eles, Jesus não é o Messias de Deus, mas o espírito mais elevado que conhecemos em toda a história da Terra, bem como o modelo de conduta para o auto-aperfeiçoamento humano e que provou, através da caridade absoluta e da encarnação, que o homem pode suportar a provação.

Etimologia

A palavra espírito tem sua raiz etimológica do Latim "spiritus", significando "respiração" ou "sopro", mas também pode estar se referindo a "alma", "coragem", "vigor" e finalmente, fazer referência a sua raiz no idioma PIE *(s)peis- (“soprar”). Na Vulgata, a palavra em Latim é traduzida a partir do grego "pneuma" (πνευμα), (em Hebreu (רוח) ruah), e está em oposição ao termo anima, traduzido por "psykhē".

A distinção entre a alma e o espírito somente ocorreu com a atual terminologia judaico-cristã (ex. Grego. "psykhe" vs. "pneuma", Latim "anima" vs. "spiritus", Hebreu "ruach" vs. "neshama", "nephesh" ou ainda "neshama" da raíz "NSHM", respiração.)

A palavra espírito costuma ser usada em dois contextos, um metafísico e outro metafórico.

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